
Cuidados Com a Saúde
Saúde e População LGBT: Demandas e Especificidades em Questão
A população LGBT, devido à não adequação de gênero com o sexo biológico ou à identidade sexual não heteronormativa, tem seus direitos humanos básicos agredidos, e muitas vezes se encontra em situação de vulnerabilidade. Diante dessa realidade, o Ministério da Saúde reconhece que a identidade sexual e a identidade de gênero são constituintes de um processo complexo de discriminação e de exclusão, do qual derivam os fatores de vulnerabilidade, tais como a violação do direito à saúde, à dignidade, à não discriminação, à autonomia e ao livre desenvolvimento (Brasil, 2008b, p. 571).
Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, dois em cada três entrevistados (67%) já sofreram algum tipo de discriminação motivada pela identidade sexual ou pelo gênero, proporção que alcançou 85% em travestis e transexuais. Os dados desse documento também apontam que 14,5% dos participantes do estudo feito na Parada Gay de São Paulo relataram já terem sofrido algum tipo de preconceito nos serviços da rede de saúde (Brasil, 2008b).

Saúde Mental
A população LGBTQIAP+ tem seus direitos humanos e sociais agredidos devido à não se encaixar nos padrões de identidade sexual e adequação de identidade de gênero. Por causa da discriminação, exclusão e preconceito; esta comunidade não enfrenta apenas dificuldades como um grupo social, mas também sente os impactos na saúde mental de cada indivíduo dela pertencente.
Além do preconceito em relação a sexualidade e gênero, outros fatores como o desemprego, rejeição acadêmica e negligência a saúde impactam nestas pessoas visto seus recortes sociais.
Pessoas da comunidade lidam com o preconceito muitas vezes desde a infância e dentro de suas próprias casas. De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Minas Gerais, acerca dos desafios da comunidade LGBT+ durante a pandemia, A piora na saúde mental foi citada por 42,72% dos entrevistados como o principal impacto da pandemia para a população LGBT+.
Uma parcela ainda maior, 54%, afirmou que precisa de apoio psicológico. As regras do convívio social, a solidão e o convívio familiar foram mencionados por 39,23% e associadas ao afastamento das redes de apoio que muitas pessoas tinham antes da pandemia. Entre os respondentes, 17,62% citaram as dificuldades econômicas como os maiores impactos, por falta de trabalho ou de dinheiro.
O estresse proveniente da rejeição, violência, não aceitação e até mesmo preconceito internalizado; é a causa para o sofrimento mental que a comunidade enfrenta.
Projetos e ONGs
Pensando nisso, reunimos alguns projetos e ONGs que oferecem apoio psicológico para a população da comunidade LGBTQIAP+:
A Casa 1, fundada em 2017, possui uma clínica social que oferta atendimento psicoterápico continuado, atendimento psiquiátrico, acompanhamento com nutricionistas, plantão de escuta e diversas modalidades de terapias complementares.
Você pode entrar em contanto através do e-mail clinicasocial@casaum.org e conhecer ou ajudar os projetos da Casa 1 pelo site https://www.casaum.org/.
A Associação Viva a Diversidade é uma entidade não governamental de Diadema, que oferece um plantão psicológico de forma emergencial. Para cadastro de atendimento gratuito acesse o link https://www.vivadiversidade.org/plantaopsicologico.
A Arco é uma ONG que tem como propósito de combater a discriminação e o preconceito direcionados à comunidade LGBTQIAP+ e Negra. Ela possui um projeto chamado PsiTá-On que oferta atendimento psicológico online. Você pode acessar formulário através do link https://bit.ly/psiarco.
E conhecer e apoiar a ONG acessando o site https://www.ongarco.org/.